Atividade antiparasitária in vitro e citotóxica de cariofileno e eugenol contra Trypanossoma cruzi e Leishmania brasiliensis.

Nadghia F. Leite, Celestina E. Sobral-Souza, Rosimeire S. Albuquerque, Dara I. V. Brito, Anne K. L. S. Lavor, Liscássia B. B. Alencar, Saulo R. Tintino, João V. A. Ferreira, Fernando G. Figueredo, Luciene F. Lima, Francisco A. B. Cunha, Antônio I. Pinho, Henrique Coutinho Henrique

Texto completo:

HTML

Resumen

Introdução: As doenças negligenciadas persistem por conta de falhas da ciência e acometem principalmente países em desenvolvimento, como exemplos podemos citar a doença de Chagas e a leishmaniose.

Objetivo: este estudo tem como objetivo avaliar o potencial antiparasitário in vitro de um terpenóide componente de óleo essencial, o cariofileno e o eugenol, contra as formas epimastigota e promastigota de T. cruzi e L. brasiliensis, respectivamente, bem como verificar sua citotoxicidade em células de mamíferos.

Métodos: Para os estudos in vitro de T. cruzi, foi usado o clone B5-CL, estavelmente transfectadas com o gene de Escherichia coli β-galactosidase (lacZ). Os ensaios de inibição de promastigotas foram realizadas utilizando a estirpe de L. braziliensis, cultivadas a 22 ºC em meio de Schneider de Drosophila suplementado com FBS a 20%. Para os testes de atividade antiepimastigota, antipromastigota foram utilizados placas de 96 poços com culturas que não tinham atingido a fase estacionária. Os ensaios de citotoxicidade utilizado estirpe de fibroblastos NCTC929 cultivadas em Meio Essencial Mínimo (Sigma). A viabilidade dessas linhagens através da utilização de resazurina como um método colorimétrico.

Resultados: As substâncias cariofileno e eugenol foram testadas quanto à atividade antiepimastigota, antipromastigota e quanto à citotoxidade. Foi visto um efeito clinicamente relevante do cariofileno contra os parasitas T. cruzi e L. brasiliensi.

Conclusões: Os resultados mostram que o cariofileno obteve um melhor resultado quando comparado ao eugenol, sendo capaz de inibir o crescimento dos parasitas testados mostrando uma alternativa contra T. cruzi e L. brasiliensi. Em relação à citotoxidade novos testes deverão ser realizados para futuros testes in vivo.